A ilha de Tavira, há já bastante tempo que faz parte do meu roteiro no que diz respeito a acampamentos, e continua posicionada no n.º 1.

A primeira vez que tive oportunidade de ir para lá acampar foi em 1999. Nessa altura, apesar de depender da autorização dos papás, não foi muito complicado convencê-los a deixarem-me ir acampar uns dias. Chegámos a Tavira, de comboio (sim, porque não havia cá papás para nos irem levar) e fomos a pé até ao Barco – muito longe - prai 3kms (Algumas malas mais pesadas foram de taxi).

Alguns anitos mais tarde, já na Universidade, a fama da Ilha de Tavira era imensa!
No final do 3.º ano, estávamos todos desejando ir de férias, e eu e a Su já tínhamos metido na cabeça que íamos para a ilha assim que começassem. Até um trabalho por apresentar não foi impedimento, porque assim que o professor disse: “então para semana, apesar de estarem de férias, vêm cá apresentar o trabalho!” a resposta foi logo “Ai não! Pra semana estamos na Ilha de Tavira. Só se apresentarmos lá!”. Conclusão: o trabalho foi mesmo apresentado na ilha de Tavira. O Professor R. foi lá ter com a gente, ainda estivemos na praia e depois, na bela esplanada, com umas “jolas” à frente lá apresentámos os trabalhos. Esse acampamento ficou para a História: eu a Su a Nês e a A. – muita galhofa, banhos às 4 da manhã, o cão que não nos largava, os mosquitos que nos iam literalmente comendo… foi demais.

Depois, no último ano, qual viagem de finalistas, qual quê – o dinheiro que andávamos a juntar foi devolvido e a decisão foi unânime: “Vamos mas é para a ilha de Tavira” – e fomos! Aí se inventaram os desfiles de telettubies, e a loucura foi mesmo mais que muita.

Este ano, apesar de ter parecido mais calmo, 4 casais e tal, não foi!!! A galhofa começava por tudo e por nada, a barriga parecia rebentar de tanto rir. O “Éinho” (sumo É com vinho) fez maravilhas – ou então não – a máquina fotográfica parecia estar a fazer uns efeitos fantásticos “por estar escuro e por causa da luz da lanterna” (só aparecia uma faixa de imagem no meio), lá púnhamos a mão por cima e a foto lá saía bem, e só no dia seguinte alguém chegou à brilhante conclusão que os "efeitos da luz" se deviam a um grãozinho de areia que não deixava a objectiva abrir completamente... Como é que aquelas alminhas, que acharam tanta graça aos efeitos, não repararam logo??? LOL A chinelada que deixou o olho da Su roxo; os espanhóis que eram mais que muitos “bale?”; outra vez os teletubbies; a jovem da recepção do parque que ficou muito impressionada por estarmos a fazer o chek-out às 5h da tarde, quando devíamos ter feito às 3h “Sim, eu sei que estamos em Portugal e as pessoas levam tudo, assim, mais descontraídas, mas já são quase 5h – EU sei que vos avisei, porque fui EU quem fez a inscrição” – e nós, todos a olhar com cara de parvos, sem abrir a boca, e lá saímos LOL; e tudo e tudo!

Em resumo: A ilha de Tavira, como diz a amiga Pat, tem um grande efeito sobre as pessoas – acontecem lá coisas que não acontecem em mais lado nenhum.